terça-feira, 25 de novembro de 2008

destinos enroscados


A princípio pensei em dar o título desta postagem como "destinos cruzados" mas isso me faz vizualizar duas linhas que se cruzam como um "x"e depois se separam e essa imagem não condiz com o que tenho para contar. A imagem ideal são duas linhas embaraçadas, correndo paralelas e se enroscando várias vezes.

Sei que é recomendado para escritores não iniciados como eu começar pelo começo, mas neste caso, vou fugir à regra e começar pelo fim.

Sábado, 22 de novembro de 2008, às duas e tantas da manhã nasceu o Theo, filho da Karina e do Paulinho. Se tivesse nascido alguns minutos depois, às 03h12 seria o mesmo dia e horário do Antônio, meu filho, só que 3 anos mais tarde.

Esta é, até o momento, a última coincidência que nos une, Eu, Rogerio, Karina e Paulinho.

Agora, voltando ao começo.

Conheci a Kari em churrasco de um amigo e não nos demos muita trela. O Paulinho, seu marido, conheci alguns anos antes, pois era amigo de um amigo - o mesmo que me apresentou a Kari - e também não nos demos muita trela.

Algum tempo depois nos cruzamos de novo na piscina de uma amiga em comum e ainda não foi desta vez que nos tornamos amigas. Pelo contrário, achei-a histérica e aparecida ao mesmo tempo em que ela me achou fresca e metida. Sinceramente, naquele momento as duas tinham razão!

Em virtude destes amigos em comum, o Marcos e a Babô, passamos a nos ver mais, frequentar os mesmos lugares e aos poucos fomos nos aturando, depois nos compreendendo até nascer esta sólida e profunda amizade.

Passamos a viajar juntas, sair para dançar reggae, pagode (meu passado me condena), tomar sorvete na vila madalena, trocar confidências, uma frequentar a casa da outra, sendo que eu frequentava muito mais a dela do que o contrário, afinal, depois que passei a estudar a noite na PUC ia quase todos os dias depois da aula na sua casa bater um papinho.

Nessa época ela já paquerava o Paulinho, e eu, como se dizia na época, vivia fazendo a caveira do moleque, pois o achava um bêbado. E cá entre nós, eu tinha motivo para isso, pois toda vez que o encontrava estava manguaçado e agarrado a uma baranga... Mas tudo bem, vamos voltar aos destinos enroscados.

Karina e Paulinho começaram a namorar e seis meses depois eu comecei a namorar o Rô. Neste meio tempo mudei meu conceito sobre o Paulinho e passei a adimirá-lo. Começaram as saídas de casal e as coincidências que nos unem.

Casamos no mesmo mês, do mesmo ano e fomos madrinhas uma da outra.

Planejamos engravidar ao mesmo tempo, mas eu me apressei um pouquinho e em fevereiro de 2005 fiquei grávida do Tonico. A Kari engravidou alguns meses e depois e teve uma gestação não embrionada. Dois anos depois estava eu em Florianópolis sofrendo também por ter tido uma gestação não embrionada.
Nesta época a Kari já havia engravidado novamente e tido o Rafa, um bebê prematuro que nasceu com 26 semanas e 500 gramas. Esse bebezinho lutou muito, os pais dele lutaram muito, mas infelizmente, depois de 7 meses na uti ele faleceu.
Em janeiro deste ano, quando se completava um ano da morte do Rafa eu confirmei o que já desconfiava desde novembro- estava grávida da Bebeca.
Tive uma gestação tranquila, desconsiderando alguma tensão por conta de problemas com o trabalho do Rô e uma mudança repentina para Curitiba e depois de 9 meses veio minha Betânia, que como o Rafa passou toda sua breve vida na uti de uma maternidade e depois faleceu.

São muitas coincidências entre quatro pessoas que se amam e adimiram muito. Não compreendo o que acontece entre nós, mas o que importa é que agora a Kari e o Paulinho estão em casa, com o Theo nos braços curtindo tudo o que merecem!
Ao mesmo tempo em que curtem o filhote, lamentam por tudo o que já passaram, como eu...

5 comentários:

poesia potiguar disse...

Meu Deus, que histórias... Estou sem palavras. E olha que isso é raro...

tô passada...

bjs

Juliana Ferraz disse...

Vida... vai entender, né?
O jeito é aproveitar as partes boas desta história, principalmente a amizade com a histérica... ; )
E por falar em histérica, histórica tô ficando eu sem minha amiga!! Que história é essa de voltar só semana que vem?!?!!?? JÁ PRA CASA!! Vou bater um papo com dona Eva pra ela dar um jeito nisso... assim não vale!
Saudades e beijos.

Juliana Ferraz disse...

Engraçado que escrevi que to ficando "histórica"... haha.
Seria um ato falho às vésperas do meu aniversário?!?!?
: o

Anônimo disse...

nossa cá, que história forte e linda a amizade de vocês. fiquei emocionada.

beijos,
lígia

soteropaulistano disse...

EU TIVE PARTE NISSO !!
EBA !!
BEIJOS