terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Balanço 2008

30 de dezembro. Se estivesse trabalhando em um escritório hoje seria o dia de limpar as gavetas, arrumar a mesa, jogar fora todo o lixo que encalhou durante o ano.

Como não estou, e nem em casa para arrumar armários - o que certamente também não faria, pois acho esta uma tarefa muito chata - hoje é dia de balanço. De rever e refletir sobre o que aconteceu em 2008.

O ano começou bem, com meus pais passando o reveillon conosco em Floripa e com a notícia da minha planejada e desejada gravidez. Em seguida veio um ultrasson contando que teríamos uma menina, Betânia, nossa Bebeca, formando um casal com o Tonico!
Tonico que em um ano saiu das fraldas, aprendeu a falar tudo e a nos fazer rir com suas tiradas. Começou o ano bebê e termina moleque.

Em março um susto relacionado ao trabalho do meu marido culminou com a mudança repentina para Curitiba. O susto foi horrível, mas a consequência dele, nossa mudança, ótima. A cidade tem mais minha cara, mais coisas para fazer, para comer, mais passeios, mais diversão e principlamente, mais amigos, família mais perto e mais presente.

Depois teve o nascimento da Bebeca, o pavor de saber que ela não estava bem e a esperança de vê-la com saúde. Em poucos dias veio um depoimento sincero e seco de um médico, eliminando por completo nossa crença de vê-la crescer e brincar como uma criança normal. Nossa menina estava muito doente e teria sequelas neurológicas gravíssimas. Surge então a esperança de pelo menos tê-la em casa, sob nossos cuidados e não das enfermeiras, acompanhada do medo constante de perdê-la. Sentimentos que nos acompanharam até o fatídico dia em que ela resolveu nos deixar de vez, tão precocemente.
Dois dias após sua morte tive uma crise de pedra no rim e aliada ao maior sofrimento que alguém pode sentir, veio uma dor física inimáginavel para quem nunca passou por isso. O sentimento de estar sendo castigada sem saber o motivo me acompanhou por um bom tempo. Talvez eu ainda carregue um resquício dele, quando insisto em encontrar motivos que justifiquem o que vivi e vivo...

Após a morte da nossa pequena e minha recuperação, voltei para a casa, tentei retomar a rotina e levar a vida. O Antônio foi peça principal nessa empreitada. Os cuidados que exige e sua alegria me fazem esquecer na maior parte do tempo as minhas tristezas.
Mais uma aliada surgiu, a Ju, preenchendo meu tempo livre com muitas atividades, passeios, conversas e fazendo nascer nossa grande amizade.

O tempo foi passando e em novembro me alegrei ao organizar a festinha de aniversário do Tonico. Comida, bebida, convites, lembrancinhas, enfeites de mesa - passei o mês todo ocupada com estes afazeres.

No final do ano vim para São Paulo conhecer o Theo e a Manuela, bebês de duas grandes amigas que nasceram em outubro e novembro.

E agora voltei para passar natal e reveillon acompanhada das pessoas que mais amo no mundo.

Uma tentativa de me recolocar no mercado de trabalho parece que se concretizará e creio que terei boas novidades para 2009.

Vou começar o ano sem listas e apenas um desejo, saúde para todos os que eu amo. Não quero fazer planos, seguir metas, perseguir objetivos, nada disso. Vou deixar a vida me levar e tentar ser feliz! É o que venho fazendo desde o nascimento da minha filha.

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